Especial Libertadores: Palmeiras terá que mostrar a força do seu elenco e é favorito no grupo 5


Campeão brasileiro, com um elenco recheado de bons jogadores e muita grana do patrocinador para reforçar a equipe assim que for necessário. Esse é o Palmeiras, que entra na Libertadores pretendendo nada menos que o título. Basta ver a reação da torcida no início deste ano com apresentações pouco convincentes no Campeonato Paulista. Com um novo técnico, Eduardo Baptista, ainda implantando seu estilo, o Palmeiras fez sete jogos no estadual - ganhou cinco e empatou duas, liderando seu grupo com folga. Perdeu o clássico para o Corinthians e uma partida para o Ituano. Mas como o time ainda não está voando, a torcida não poupou críticas ao novo treinador, fazendo do ambiente no clube um verdadeiro caldeirão.

O Palmeiras está no grupo 5 e é favorito para não só conseguir uma das vagas para o mata-mata como ser líder da chave. Encara o argentino estreante Atlético Tucumán, exatamente o rival da estreia, hoje à noite, o boliviano Jorge Wilstermann, e o Peñarol, que tem mais tradição do que futebol. Ontem, na abertura do grupo, o Wilstermann massacrou o pentacampeão continental por 6 a 2, prova de que o Peñarol deve fazer figuração neste ano.

Elenco

O Palmeiras já tinha um elenco forte e com muitas opções. E ainda assim se reforçou. Felipe Melo é um excelente volante, acima da média do futebol brasileiro, e pode ser fundamental em uma competição como a Libertadores. É o momento de deixar de lado o personagem Felipe Melo e concentrar apenas no seu futebol. Borja era o atacante que todo mundo queria, destaque do Atlético Nacional na conquista da última Libertadores e companheiro do venezuelano Guerra, outro contratado no início deste ano que foi muito bem em 2016. 

Peças que poderão ser muito úteis na caminhada palmeirense, como Michel Bastos, Willian, Raphael Veiga e Keno, também foram contratadas. Toda esse turma se soma a Fernando Prass, Jean, Mina, Zé Roberto e Dudu, o que deixa qualquer treinador tranquilo em relação ao elenco. Se conseguir impor seu estilo de jogo, Eduardo Baptista pode levar o Palmeiras longe na Libertadores.

História na Libertadores

O Palmeiras já participou de 16 edições da Libertadores. Campeão em 1999, foi o primeiro brasileiro a decidir a competição - foi vice em 1961. Perdeu a final também em 1968 e em 2000 e foi semifinalista em 1971 e em 2001. O clube também venceu a Copa Mercosul em 1998 e chegou às semifinais da Copa Sul-Americana em 2010.

Os adversários estrangeiros

Atlético Tucumán
Estreante na Libertadores, o Tucumán precisou eliminar dois adversários para chegar à fase de grupos. Superou, de maneira heroica e inusitada (chegando atrasado ao estádio) o El Nacional, do Equador, e eliminou, em casa, o Junior, da Colômbia, após perder no jogo de ida. A participação em si e a classificação para a fase de grupos empolgou o torcedor local, que vai lotar o estádio Monumental José Fierro em todas as partidas. O Tucumán foi quinto colocado no último Campeonato Argentino e é o atual 13º colocado da competição, que está parada. O atacante e capitão Luís Rodríguez, que já defendeu a seleção argentina e o Newell's Old Boys, é um dos destaques do time, ao lado do meia colombiano Jairo Palomino, que também defendeu sua seleção e passou por Atlético Nacional e Once Caldas.

Peñarol
Uma das glórias do futebol sul-americano (e dono de uma das camisas mais bonitas, na minha opinião), o Peñarol, pentacampeão continental (última taça em 1987), teve apenas um grande momento nos últimos anos, quando foi vice-campeão da Libertadores de 2011, comandado pelo técnico Diego Aguirre e tendo como destaque em campo o meia-atacante Martinuccio. A atual equipe conta com o atacante Cristian Rodríguez, com passagem de destaque no Atlético de Madrid, mas pouco efetivo nos últimos anos. As contratações para a temporada basicamente são de jogadores uruguaios, mais novos e pouco conhecidos no cenário continental. Com duas vitórias e dois empates no atual Campeonato Uruguaio, o Peñarol está em 7º lugar no atual torneio nacional.

Jorge Wilstermann
Campeão do torneio Clausura 2015/16, o Jorge Wilstermann fez apenas seis jogos pelo atual Campeonato Boliviano e venceu apenas um. Estreou com tudo diante do Peñarol e também tem costume de jogar a Libertadores - já foram 16 participações, com direito a uma participação na etapa semifinal em 1981 - depois disso, porém, nenhuma participação relevante. Joga em Cochabamba, cidade que tem 2.600 metros de altitude - não é tão alta quanto La Paz, mas não deixa de ser um fator que o favorece. O elenco é recheado de jogadores de vários países do continente. Entre eles, o zagueiro Alex Silva, de 31 anos, com passagens por São Paulo, Cruzeiro e Flamengo. 

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