Klinsmann, a máquina de gols da Alemanha


Um dos maiores artilheiros de sua seleção e também das Copas do Mundo, alemão foi ídolo em vários clubes e fez o primeiro gol do Mundial dos Estados Unidos, em 1994

Quem diria que os Estados Unidos teria a honra de sediar a Copa do Mundo com maior média de público? Pois é, isso aconteceu em 1994, no Mundial marcante para os brasileiros pela quebra de um jejum de 24 anos sem títulos. Muitos craques em campo, mas muitos mesmo. Entre eles, Jurgen Klinsmann, que entra nesta galeria por ter marcado o primeiro gol daquela Copa, em jogo duro contra a Bolívia.

A partida, pelo Grupo C, foi disputada debaixo de um sol escaldante em Chicago, no estádio Soldier Field, diante de 63.117 torcedores. Então campeã do mundo e uma das favoritas ao título, a Alemanha só foi furar a defesa boliviana no segundo tempo, aos 16 minutos. Abaixo, Klinsmann, a máquina alemã de fazer gols, no desenho sempre especial de André Fidusi.



Klinsmann foi um dos maiores atacantes de seu tempo. Defendeu a seleção alemã de 1987 a 1998, disputou três Copas do Mundo e marcou gols em todos os seis grandes torneios que participou - além das três Copas, três edições da Eurocopa. Foi campeão mundial em 1990 e da Eurocopa em 1996. Com 47 gols, divide com Völler o quarto lugar da lista dos artilheiros da seleção alemã. E, com 108 jogos, é o sexto que mais entrou em campo pela Alemanha. O atacante alemão pertence a um restrito grupo na história dos Mundiais. Apenas 13 jogadores marcaram ao menos 10 gols em Copas. Klinsamann está em sexto nesta lista, com 11 tentos.

Abaixo, o gol de Klinsmann contra a Bolívia, o primeiro da Copa de 1994



Ídolo em vários países
Sua carreira nos clubes também foi marcada pelo sucesso. Klinsmann começou sua trajetória no pequeno Stuttgarter Kickers, antes de chegar ao Stuttgart. Em 1988, foi artilheiro do Campeonato Alemão e eleito futebolista do ano no seu país. No ano seguinte, levou o clube ao vice-campeonato da Copa da Uefa, perdida para o Napoli, de Maradona. Seu primeiro título continental viria no seu clube seguinte, a Internazionale, campeã da Copa da Uefa em 1991.

Mesmo bem adaptado à Itália, Klinsmann foi negociado com o Monaco e levou o clube à semifinal da Champions League em 1994. O alemão também teve duas passagens pelo Tottenham, onde até hoje é lembrado como ídolo. De volta à Alemanha, defendeu o Bayern de Munique, campeão da Copa da Uefa em 1996 e da Bundesliga em 1997. Ainda voltou à Itália para uma passagem discreta pela Sampdoria.

Fora dos gramados, foi treinador da própria Alemanha, participando de um processo de reformulação na década passada que culminou com o terceiro lugar na Copa de 2006 - seu auxiliar, Joachim Low assumiu o cargo logo depois e segue até hoje no comando. Klinsmann também dirigiu o Bayern de Munique e a seleção dos Estados Unidos. 

Tetra do Brasil
Vice-campeã em 1982 e em 1986 e campeã em 1990, a Alemanha fez uma Copa discreta em 1994. Sem brilhar, como de costume, venceu Bolívia e Coreia do Sul e empatou com a Espanha na primeira fase. Passou apertado pela Bélgica (3 a 2) nas oitavas de final e parou nas quartas, eliminada pela Bulgária de Stoichkov (1 a 2).

Enquanto isso, também longe de brilhar e com um futebol extremamente pragmático, o Brasil comandado por Parreira foi avançando etapas. Suou para eliminar os Estados Unidos (1 a 0) nas oitavas, teve um baita duelo contra a Holanda nas quartas (3 a 2), custou a tirar a Suécia (1 a 0) nas semifinais e levou o tetra nos pênaltis após o 0 a 0 com a Itália no tempo normal e na programação. A Copa que teve o carimbo de Romário, responsável direto pela conquista, terminou com os gritos nada elogiosos de Dunga destinados à imprensa enquanto levantava a taça.

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